Indústria de alimentos fecha 2018 com aumento de 2,08% em faturamento
Setor criou 13 mil novos postos de trabalho, mantendo-se como o maior gerador de empregos diretos do Brasil: 1,6 milhão
São Paulo, 13 de fevereiro de 2019 – O setor brasileiro de alimentos registrou um crescimento de 2,08% em faturamento no ano de 2018, atingindo R$ 656 bilhões, somadas exportação e vendas para o mercado interno, o que representa 9,6% do PIB, segundo a pesquisa conjuntural da ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos.
A indústria de alimentos gerou 13 mil novos postos de trabalho no período. O total de investimentos em ativos e fusões e aquisições alcançou R$ 21,4 bilhões, registrando um aumento de 13,4%, contra R$ 18,9 bilhões registrados em 2017.
O bom desempenho do consumo no mercado interno se manteve e absorve cerca de 80% das vendas da indústria. O crescimento foi de 4.3%, somando-se o crescimento das vendas no varejo e no segmento de alimentação fora do lar (food service).
Desempenho setorial
- Vendas Reais
Os setores que mais se destacaram em vendas reais foram óleos e gorduras (óleos vegetais, azeite, margarina e farelo de soja), com aumento de 12%; conservas de vegetais/frutas e sucos (extrato de tomate, milho, goiabada e sucos de laranja), 11,2%; desidratados e supergelados (pratos prontos e semiprontos congelados), 5,3%; bebidas (águas, refrigerantes etc), 4,3% e proteína animal, 4,1%.
- Faturamento
Já em faturamento, o crescimento de óleos e gorduras foi 13,5%; conservas de vegetais/frutas e sucos, 12,8%; bebidas 5,8%; proteína animal, 5,6% e desidratados e supergelados 6,8%.
Em relação à participação dos principais setores em faturamento, a categoria de proteína animal correspondeu a 22,1%, bebidas 19,7%, laticínios 10,5%, café, chás e cereais 10,2%, óleos e gorduras 9% e derivados de trigo 5,7%.
Importância da indústria para o agronegócio brasileiro
A indústria de alimentos processa 58% de toda a produção agropecuária brasileira. A participação das aquisições de matérias-primas pela indústria de alimentos se mantém nos mesmos patamares, sendo Proteínas Animais 100%, seguido da Cadeia de Trigo e Cadeia do Arroz que representam 95%.
“Alguns fatores condicionaram positivamente o desempenho do setor de alimentos nesse ano, como o saldo de emprego que ficou positivo em 0.5%, gerando novos postos de trabalho e indicando que as indústrias de alimentos estavam alinhadas com a expectativa de um novo ciclo de expansão. Importante também destacar a força do setor, que registrou uma contribuição significativa na balança comercial brasileira, respondendo por 50,3% do saldo total”, declara João Dornellas, presidente executivo da ABIA.
“Estamos otimistas em relação ao aquecimento do mercado esperado em 2019 e acreditamos que a indústria de alimentos terá um desempenho positivo com aumento de produção, vendas ao mercado interno e exportações”, completa Wilson Mello, presidente do Conselho Diretor da ABIA.
Exportações de Alimentos Industrializados
O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo. O setor exportou para mais de 180 países, o que representou 19,3% do volume total de vendas.
Destaque significativo ficou para a China, que além de ser o principal importador do Brasil, registrou um aumento de 37,6% em relação a 2017. A Holanda apresentou crescimento de 4%, seguido dos Estados Unidos que apresentou crescimento de 3%.
No ano, as exportações apresentaram uma queda na ordem de 9,8%, fechando 2018 em US$ 34,9 bilhões de alimentos industrializados contra US$ 38,9 bilhões registrados em 2017.
Dentre os principais destinos das exportações destacam-se a China, com US$ 3,30 bilhões; Holanda, com US$ 2,47 bilhões; Hong Kong, US$ 2,03 bilhões; EUA, US$ 1,57 bilhão; Emirados Árabes, US$ 1,19 bilhão; Japão US$ 1,10 bilhão; Índia US$ 1,09 bilhão.
Os Emirados Árabes registraram a maior queda no volume importado (-22,7%), seguido da Índia (-16,8%) e do Japão (-11,4).
Exportação por regiões – US$ milhões
Perspectivas para 2019
Com a previsão de implementação das reformas previdenciária e tributária, que resultem em maior estímulo ao empreendedorismo e à produtividade, a expectativa é de recuperação em todos os setores da economia.
A indústria brasileira de alimentos trabalha com a perspectiva de aumento de 2,5% a 3% da produção física (volume), de 3% a 4% das vendas reais e cerca de US$ 40 bilhões nas exportações. Como consequência da expectativa positiva, empregos (diretos e formais) podem crescer entre 2% e 3%.
Números do setor de alimentos
- O setor da indústria de alimentação é o que mais emprega no país. Formado por 35,7 mil empresas, é responsável por 1,61 milhão de empregos diretos, respondendo por 26,8% dos empregos da indústria de transformação.
- Investe cerca de 3% do faturamento anual em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), novas plantas, novos produtos e marketing.
- Representa ainda, em alimentos processados, 50% das exportações do agronegócio de alimentos e 18% das exportações totais brasileiras.
Sobre a ABIA
A ABIA, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, é a maior representante da indústria da alimentação. Sua missão é promover o desenvolvimento econômico e socioambiental do setor produtivo, em harmonia com os interesses da sociedade e da cadeia do agronegócio, por meio do diálogo, da inovação e da tecnologia, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida e para um futuro mais saudável e mais sustentável.
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