por Abia

“O mundo conta com a produção de alimentos do Brasil”, diz Grazielle Parenti

São Paulo, 03 de agosto de 2020 - A presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Grazielle Parenti, participou do Congresso Brasileiro do Agronegócio promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em formato 100% digital.

Grazielle foi uma das participantes do painel “O agro brasileiro e a Crise Global”, que contou também com a presença de Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil, e Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). O painel foi moderado pelo jornalista William Waack.

Waack começou o debate perguntando sobre como o consumidor tem enxergado as relações das empresas com o tema da sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Na resposta, Grazielle destacou que a indústria de alimentos no Brasil tem a responsabilidade de buscar essa conversa não só com os consumidores, mas também com os investidores, que cada vez mais exigem políticas transparentes de sustentabilidade.

“Os consumidores querem saber o que as empresas estão fazendo para a proteção do meio ambiente e a nossa reputação está ligada a isso, não só com os consumidores e opinião pública, mas com os investidores também. Nossos produtos estão em mais de 180 países, não é só o brasileiro que conta com a agroindústria, mas o mundo conta com a produção de alimentos do Brasil”, disse a executiva.

Sousa, da Cargill, falou sobre as diferentes exigências entre os consumidores europeus e norte-americanos e os consumidores brasileiros. Para ele, o tema sustentabilidade está mais disseminado nos países desenvolvidos e o consumidor desses países está disposto a pagar por produtos mais caros, desde que tenha uma política sustentável em sua cadeia produtiva.

“Recentemente a Europa impôs regras agressivas de redução de emissão de carbono. Quando o consumidor europeu percebe que essas regras não são as mesmas em outros países, isso passa a incomodar. Por isso, as nações da União Europeia estão começando a exigir do Brasil as mesmas regras de preservação ambiental e redução do carbono”, explicou o presidente da Cargill. E completou: “E temos que fazer assim para todos os mercados”.

Para Freitas, a sociedade em geral desejava fortemente alguma mudança. Esse processo já estava em curso com a globalização e a evolução da comunicação por meio da tecnologia, mas a pandemia acelerou essa transformação.

“Chega de culpar o passado dos outros países, temos que olhar o que o consumidor quer, o que o cliente quer. Trabalhar para atender o que a humanidade está buscando. É por meio do consumidor que vamos atender o produtor, que é um produtor de alimentos e tem que produzir comida para uma humanidade que está pensando diferente”, concluiu o presidente do Sistema OCB.

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