por Abia

Economia circular: você sabe o que é isso?

Que precisamos ter comportamentos mais sustentáveis, todos nós sabemos. Porém, de uns anos para cá, um termo vem ganhando força, aparecendo em várias rodas de conversa: economia circular. Mas será que todos sabem o que isso significa de fato? Vamos ter um papo claro e esclarecedor sobre como essa tal “economia circular” impacta nossos dias.

A economia circular está diretamente ligada à forma como a gente se relaciona com nossos recursos e, consequentemente, com o nosso planeta. Em sociedades que apostam na economia circular, há o intuito de sempre priorizar o desenvolvimento de produtos mais duráveis, recicláveis, renováveis e que não dependam exclusivamente de matéria-prima virgem.

Antigamente, o padrão era uma economia linear, ou seja, extraíamos a matéria-prima da natureza, a transformávamos em um produto, o consumíamos e, depois, o descartávamos. Acabava assim. Mas essa realidade felizmente está deixando de existir, já que sabemos que com a separação e destinação correta de todos os nossos resíduos recicláveis não precisamos seguir nesse formato. Como consequência, usamos menos recursos naturais e produzimos menos lixo.

Antes da adesão à economia circular, o ciclo de vida da latinha de alumínio, por exemplo, cumpria o seguinte fluxo: após a mineração da bauxita, principal matéria-prima do alumínio, havia o refino e processos eletroquímicos. Então, o alumínio estava pronto para ser moldado como embalagem. Essa embalagem, por sua vez, era utilizada pela indústria de refrigerantes e colocada à venda no comércio. Nós, consumidores, comprávamos a lata e depois a descartávamos. Era o fim da vida útil daquele produto.

Porém, com a economia circular, a latinha de alumínio não perde seu valor assim que a gente termina de beber o refrigerante. Ela continua valiosa. Quando separamos corretamente essa lata, destinando-a para a reciclagem, ela chega à indústria recicladora, é picotada, fundida a cerca de 700°C, derretida e transformada em alumínio líquido. Na sequência, são criadas chapas de alumínio que voltam para a indústria fabricante de embalagens, responsável por moldar aquele material como um novo recipiente. E, assim, para fazer uma nova lata de alumínio, deixa de ser necessário extrair ainda mais bauxita, que é um recurso natural esgotável.

O mesmo acontece com as garrafas PET de refrigerante, água, suco, detergente e produtos de limpeza. Quando separadas e destinadas corretamente, elas não perdem seu valor pois seguem para as recicladoras onde são moídas e o material é lavado e descontaminado. Na sequência, em um processo de fusão, os flocos das garrafas moídas são derretidos a mais de 300°C, passam por filtros e são transformados em matéria-prima idêntica ao material virgem, ou seja, apta a ser utilizada novamente para qualquer tipo de embalagem. Assim, a vida útil da garrafa PET segue por muito tempo.

Nosso papel dentro da economia circular é extremamente importante, pois se não descartarmos corretamente nossos resíduos, permitindo que todos os materiais recicláveis sigam para as cooperativas e depois sejam transformados em novas matérias-primas, todo esse processo deixa de existir.

E é justamente por isso que enfatizamos: separe seus resíduos e verifique, na sua região, se a coleta seletiva passa na sua rua. Caso não passe, encontre o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) mais perto da sua casa e crie uma rotina para sempre levar todos os materiais recicláveis para lá. Sem a gente, a economia circular não gira!

Para saber mais acesse: Movimento "Separe. Não pare." (separenaopare.com.br)

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