Commodities agrícolas seguem em tendência de alta e pressionam indústria de alimentos

Levantamento da Abia aponta que aumento do preço das matérias-primas chega a 74% no período de um ano, e pesa no bolso do consumidor

De agosto de 2020 a agosto de 2021, o aumento das principais commodities agrícolas utilizadas na indústria de alimentos variou de 18% a 74%. De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), milho, óleo de soja e café robusta subiram 74%, 67% e 63%, respectivamente, nesse período. O açúcar e a soja tiveram alta de 58% e 37%, o trigo onerou em 35% e o leite encareceu 21%. O impacto é alto, uma vez que as matérias-primas agropecuárias e as embalagens respondem, em média, por mais de 60% do custo de produção industrial. Para o consumidor final, a alta pode chegar a 20% (média), segundo estimativas.

As menores variações foram a do cacau (18%) e a do arroz (19%), considerando apenas os últimos 12 meses. Ainda assim, o arroz é um dos que mais tem pesado no bolso dos brasileiros, uma vez que já vem acumulando aumentos expressivos desde o início de 2020. Em agosto deste ano, o índice de commodities agrícolas da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) apresentou alta de 3,1% em relação ao mês de julho. Na comparação com o mês de agosto de 2020, a elevação foi de 32,9%.

O presidente executivo da ABIA, João Dornellas, explica que o milho, vendido a R$ 1.644 a tonelada em agosto (R$ 97,50 a saca de 60 kg), teve a maior variação (74%), entre outros motivos, pela oferta restrita no mercado interno e no mundo. “A redução de 25% da produção da segunda safra, devido ao clima menos favorável, contribuiu para diminuir o ritmo de comercialização do grão no mercado interno”, afirma Dornellas.

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